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BATMAN – A REINVENÇÃO

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Com sua concepção realista, Christopher Nolan reinventou a personagem Batman para o cinema. Depois das controversas adptações dirigidas por Tim Burton em Batman e Batman – O Retorno (cujo único legado realmente memorável é a libidinosa Mulher-Gato de Michelle Pfeiffer), e das vergonhosas tentivas de prosseguir com a franquia, Batman Eternamente e Batman & Robin , feitas pelo carnavalesco Joel Schumaker, Nolan construiu um personagem humano, levando-o muito além do simples estereótipo de super-herói. Com sua visão realista do personagem, Nolan legou-nos uma obras que o equipara a Francis Ford Coppola e Peter Jackson, construindo uma das mais sólidas e coerentes trilogias da história do cinema. Ambos transportaram para a tela narrativas oriundas de outras mídias: os livros de Mario Puzzo (no caso de O Poderoso Chefão) e de J. R. R. Tolkien (no caso de O Senhor dos Anéis). Desde o primeiro filme (Batman Begins, 2005) Nolan destacava certos elementos, como se quisesse subli

Cidadão Zuckerberg

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 (Uma breve análise dos filmes "Cidadão Kane" e "A Rede Social") Recentemente assisti ao filme A Rede Social (Social Network), de David Fincher. Um filme que expressa como poucos as idiossincrasias do nosso tempo, essa pós-modernidade tão volátil, confusa e intangível. Tempos onde os valores e as certezas de outrora estão sendo desconstruídos. Nesse sentido, poderia citar pelo menos dois outros filmes: "Clube da Luta" (também de Fincher) e "Amor sem Escalas" – cujo único defeito é esse medonho titulo que ganhou no Brasil. Outra faceta da obra é o fato de que, tal  como nas outras obras-primas Cidadão Kane, Assim Caminha a Humanidade e Sangue Negro, o protagonista (Zuckerberg) desse filme encarna o arquétipo do herói americano (e americano aqui se refere apenas aos estadunidenses), do self made man que, contrariando todas as expectativas e num ímpeto incansável e individualista, vencerá e prosperará. Tal mito heróico encarna os ideias no N