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Mostrando postagens de novembro, 2016

Um olhar equivocado, um filme superestimado

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Esse, ao lado de Olga, Moulin Rouge, Austrália e O Menino do Pijama, é um daqueles filmes que eu não entendo como alguém consegue gostar. Geralmente seus apreciadores argumentam que ''ele tem uma fotagrafia linda'', por exemplo. Afirmação da qual eu discordo veementemente. Não ele não tem uma fotografia linda, nem foda, nem espetacular. Ele tem imagens coloridas de campinas ao por do sol, por exemplo, quando a protagonista está no Limbo, mas a fotografia é apenas mediana. Fotografia, aliás, em cinema, é um pouquinho mais complexo do que apenas um enquadramento bonito ou imagens plasticamente belas. E mesmo que tivesse, o filme se resumiria a isso, com imagens que impressionam certo tipo de espectador (não é o meu caso, felizmente), mas que se revela apenas uma tentativa de mascarar certo vazio, certa carencia de consistencia e substancia. São ''estripulias'' visuais, que tentam compensar o fato de o filme não ter muito a oferecer, semelhante ao que aco

O Falso Herói

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A cineasta polonesa Agnieszka Holland ficou conhecida internacionalmente por este filme duro e sombrio passado durante a Segunda Guerra Mundial, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Este Colheita Amarga (Bittere Ernte, 1985) aborda a questão do anti-semitismo, da perseguição e do extermínio de judeus pelos nazistas nos territórios controlados por eles na Europa, temas recorrentes em sua filmografia, especialmente nos filmes Filhos da Guerra (Europa, Europa, 1990), indicado ao Oscar de Melhor Roteiro, e o meu preferido Na Escuridão (W ciemności, 2011), também indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O filme, estrelado pelo grande Armin Mueller-Stahl (Coronel Redl, Muito mais que um Crime, Shine) acompanha a crise moral e de identidade pela qual o polones Leon Wolny, que abandonou o sonho de ser padre para cuidar da granja da família após a morte do pai, passa ao tentar esconder uma mulher judia, Rosa Eckart, que conseguiu fugir de um trem que levava prisioneiros dos gu

Um pijama listrado e roteiro desastrado

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Não entendo como as pessoas possam gostar tanto deste O Menino do Pijama Listrado (The Boy in the Striped Pyjamas, 2008), havendo outro tão superiores em todos os sentidos tratando dos mesmo temas, isto é, holocausto, anti-semitismo e nazismo. Filmes como A Lista de Schindler (Schindler's List, 1993), A Escolha de Sofia (Sophie's Choice, 1982), O Pianista (The Pianist, 2002), de Roman Polanski, O Diário de Anne Frank (The Diary of Anne Frank, 1959), de George Stevens, Filhos da Guerra (Europa, Europa, 1990) e Na Escuridão (W ciemności, 2011), ambos de Agnieszka Holland, Os Falsários (Die Fälscher, 2007), de Stefan Ruzowitzky, ou O Filho de Saul (Saul Fia, 2015), merecem muito mais o apreço e a veneração que este filme medíocre, piegas, maniqueísta e desonesto dirigido por Mark Herman. Este superestimado drama é maniqueísta e desonesto pois pretende, por meio da amizade entre o menino alemão Bruno (Asa Butterfield, sem carisma e inexpressivo, como sempre) e o menino judeu Shmu