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Mostrando postagens de julho, 2017

As Invasões Ideológicas

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Rémy: Nós fomos tudo: separatistas, partidários de independentistas, soberanistas, soberanistas-associados ... Pierre: No início, éramos existencialistas. Dominique: Lemos Sartre e Camus. Claude: Então Fanon, nós nos tornamos anticolonialistas. Rémy: Lemos Marcuse e nos tornamos marxistas. Pierre: Marxistas-leninistas. Alessandro: Trotskistas. Diane: Maoístas. Rémy: Depois de Solzhenitsyn mudamos, tornamo-nos estruturalistas. Pierre: Situacionistas. Dominique: Feministas. Claude: Desconstrucionistas. Pierre: Há algum “ismo” que não adoramos? Claude: Cretinismo. Perto do final do filme canadense As Invasões Bárbaras , o diretor e roteirista Denis Arcand nos brinda com esse diálogo cheio de ironia e uma pitada de amargura. Nele, concentrado, depurado, podemos perceber toda a carga pós-modernista que o filme, em sua visão de mundo e em sua crítica das ideologias, possui. Como Sérgio Paulo Rouanet no seu estudo “As origens do Iluminismo” (1987) descreve, é: “O pós-moderno

A palavra e a coisa

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O título "O Nome da Rosa" refere-se diretamente a uma das maiores, mais fascinantes e mais insolúveis questões filosóficas: o abismo que separa a palavra e a coisa, o discurso e a realidade. A palavra é o nome dado à coisa. Coisa é o nome (palavra) dado à algo. Mas "algo" também é uma palavra. Dizer, falar, escrever é nomear algo. Lidamos com a realidade por meio de nomes, ou seja, de palavras. Até quando pensamos, pensamos por meio de palavras. Palavras: o, nome, da, rosa. O nome da rosa. Apenas palavras. E até que ponto as palavras dão conta da realidade? Poderiam os nomes abarcar a totalidade da coisa, do ser, do ente que elas nomeiam? A palavra, por seu turno, passa pela boca, assim como o riso, a comida e -por que não? - o sexo. No mosteiro católico, no qual a história se passa, todos eles - o riso, a comida, o sexo e a palavra - são, ao seu modo, vistos como fonte de pecado e perdição. O contexto histórico no qual a narrativa se desenrola é a Idade Média, em

Vem aí DUNKIRK!

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A crítica e e o público internacionais estão amando o filme até o momento. No Rotten Tomatoes a cotação do filme é 99% até o momento, de 21,957 avaliações realizadas pelos usuários, enquanto no IMDB , o índice de aprovação é de 98%. Leia abaixo algumas críticas já publicadas: "Dunkirk é fantástico. Incrivelmente empolgante do primeiro ao último segundo. Um filme dramático, repleto de suspense e tensão. Fãs de Nolan, alegrem-se. E para aqueles que estão perguntando: Harry Styles está muito bem em Dunkirk, uma surpresa muito agradável." (Anna Klassen) "Em apenas 30 segundos, Nolan entrega mais uma vez uma sequência inicial espetacular que coloca o público na ponta da cadeira. E a tensão só aumenta. Da direção à edição à fotografia à trilha sonora, Christopher Nolan prova, com Dunkirk, que é um dos maiores cineastas de nossos tempos. Caótico, impiedoso e empolgante, o filme é um dos mais cativantes que você verá neste ano. Uma master class de direção. Que espetácu