O homem X O mito

Para muitos que assistiram, essa segunda cinebiografia de Steve Jobs é um filme incompleto. Certamente esperavam uma narrativa cronologicamente encadeada narrando praticamente toda a vida do biografado: a infância problemática, a juventude, a descoberta da doença, até a morte e finalizando com uma "mensagem póstuma", provavelmente em tom edificante. Mas felizmente o filme não procura agradar ao publico mais medíocre, afinal, filme anterior (Jobs, 2013) faz exatamente isso, ou seja: segue fórmulas já desgatadas para fazer um filme medíocre que agrada um público maior. Sabiamente, o diretor Danny Boyle e o roteirista Aaron Sorkin fogem desse caminho fácil e realizam um filme extraordinário, que talvez seja apreciado por poucos. Afinal, se Steve Jobs não fazia concessões, porque um filme sobre ele deveria fazê-las? E esse filme, protagonizado por Michael Fassbender numa atuação irretocável (apesar de muitos terem insensatamente criticado a "falta" de semelhança ...